13º Encontro

O 13ª Encontro dos Skoobers de Porto Alegre foi próspero. Muita gente compareceu: alguns novos, outros vel... clássicos. Assim é melhor, porque dessa forma, mais assuntos "brotam".

Difícil é explicar como se passou. Sempre surgem muitos temas para conversa, acontecendo paralelamente umas às outras. Então, quem, como eu, ficou horas relembrando as aventuras na Terra Média de Tolkien com um grupo, não estava por dentro dos papos sobre cinema na outra ponta da mesa, por exemplo.

De qualquer forma, o encontro aconteceu, como de costume, no café Santo de Casa, na Casa de Cultura Mário Quintana. Ou melhor: começou lá. Pois o lugar tem um problema: nos finais de tarde, rola uma música ao vivo que incomoda a conversa do pessoal, além de cobrar por isso! Enfim, no dia, como normalmente acontece, resolvemos sair de lá para dar uma passeada pelo Centro, e fomos parar, dessa vez, na Praça da Alfândega, que foi recentemente reformada e se tornou bem agradável para se passar um fim de tarde no final de semana.

 Se eu puder eleger uma marca registrada desse encontro, seria esse passeio na praça. O clima estava bem agradável (principalmente ser for comparado com a chuva torrencial do último encontrinho) e passamos a conversar sobre cultura, de modo geral.

Aqui, faz-se necessário registrar: não importa para quão alta esfera intelectual nossas conversas divaguem, sempre acabamos por discutir sobre: novelas, reality shows, música popular, RPG, etc.. Acho que isso tem uma explicação. Gente que faz, pensa. Gente que pensa, reflete. E gente que reflete, critica, antes de tudo. E é por isso que a cultura popular, e seus vícios (os "adormecedores de massa", como mencionado pelo Diego), sempre estão em discussão entre nós. É uma forma de Caliban dar uma boa olhada no espelho (parafraseando Oscar Wilde) e, assim, encararmos o que tem de ser tolhido em nós como povo, como membros de um todo, que, com a nossa capacidade de reflexão, tenta mudar e complementar aquilo que, talvez, não esteja correndo como deveria.

Afinal, é para isso que saímos de casa a cada Encontro de Skoobers, não é? Porque o diálogo, apenas, com o autor do livro nem sempre é o suficiente.